INEP Instituto do Cérebro e Clínica da Memória

Clínica médica especializada em Neurologia, Neurofisiologia, Psicologia, Psiquiatria e Clínica da Memória fundada e estabelecida em São José dos Campos desde 1985. Mario Silva Jorge Fundador

Comprometimento Cognitivo Leve (CCL)

Comprometimento Cognitivo Leve (CCL)

O comprometimento cognitivo leve é considerado como estágio intermediário ou zona de transição entre envelhecimento saudável e demência leve e com maiores chances de conversão para DA ou outros quadros degenerativos.

É importante ressaltar que os indivíduos com CCL nem sempre evoluem para a síndrome demencial, podem apresentar quadros estáveis ou melhoras do déficit cognitivo. É uma condição na qual o indivíduo pode apresentar comprometimento em um ou mais domínios em relação ao esperado para a idade, porém sem atender critérios para demência.

Critérios diagnósticos para CCL (segundo DSM-5):

  • Preocupação com a cognição por parte do indivíduo, um informante ou um clínico;
  • Desempenho em alguma avaliação objetiva que fica aquém do nível esperado ou com declínio observado ao longo do tempo. Tanto a preocupação como a evidência são necessários, pois são complementares.
  • Atividades funcionais de vida diária (controle medicamentoso ou pagamento de contas) preservadas ou com comprometimento mínimo

Espera-se que em testes de rastreio, como o MEEM, os indivíduos com CCL tenham resultados dentro do limite da normalidade.

A avaliação neuropsicológica aumenta a sensibilidade de da detecção de alterações cognitivas

CCL pode ser dividido em quatro subtipos:

  1. CCL amnéstico único domínio: apenas a memória está afetada (mais comum e que mais evolui para DA).
  2. CCL amnéstico de múltiplos domínios: memória e mais uma função estão afetados
  3. CCL não amnéstico de domínio único: apenas uma função, que não a memória, está afetada.
  4. CCL não amnéstico de múltiplos domínios: mais que uma função, que não a memória, estão afetadas.

O plano terapêutico e manejo devem ser individualizados para cada caso. A reabilitação neuropsicológica pode ser uma importante intervenção, envolvendo aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais, buscando a qualidade de vida do idoso. A reabilitação neuropsicológica depende da natureza das desordens de cada caso. E tem por objetivo capacitar o paciente e os familiares a conviver, lidar, contornar, reduzir e superar deficiências cognitivas, emocionais e sociais, proporcionando melhora na qualidade de vida (do paciente e dos familiares).

 

Referências

Associação Americana de Psiquiatria. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. (5 ed.). Porto Alegre: Artmed.

Caixeta, L; Teixeira, A. L. (2014) Neuropsicologia geriátrica: neuropsicologia cognitiva em idosos. (1 ed.). Porto Alegre: Artmed.

Simon, S. S.; Ribeiro, M. P. O. (2011) Comprometimento cognitivo leve e reabilitação neuropsicológica: uma revisão bibliográfica. Psicologia Revista, 20(1), 93-122. Recuperado em 21 de nov. de 2017, de https://revistas.pucsp.br.

 

Joyce Haruyo Biancon Katata

CRP: 06/108760

Psicóloga e Neuropsicóloga

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